domingo, 22 de novembro de 2015

Humanidade Falida


Sinto falta da simplicidade dos tempos antigos. Da não necessidade intensa que hoje temos de ficar enquadrados dentro de um perfil tecnológico e ser apenas “um certo alguém” virtual. Havia um pouco de comunhão, mais sorrisos reais, conversas, abraços... 
Hoje, andamos estressados pelas ruas, como zumbis que vivem em busca de sua perdida humanidade. Apressados pelo tempo que diminuiu e escravizado pelo que ainda resta... Tornamo-nos máquinas, incumbidas de inúmeras responsabilidades e esquecemos a maior de todas elas: existir.
Ferimos, julgamos, marginalizamos, descartamos itens e pessoas mediante a nossa superioridade. Agregamos conhecimento e achamos que somos dignos por isso, morremos a cada dia com alimentos supersaturados em gorduras e sal, dormimos pouco, admiramos os piores exemplos da sociedade, deixamos que o vil metal nos conduza para o tão sonhado caminho da felicidade, mas no final do dia, quando o que sobra é apenas você e nada mais, um vazio crescente toma conta e então percebemos que nada valeu a pena... 
Uma humanidade falida, caminhando rumo a sua destruição a cada dia. Não, não pretendo ser pessimista, mas diga-me onde encontrar exemplos de evolução nesses dias.  A terra em que vivemos adoeceu por nossa causa, somos o pior vírus destruidor e eficaz que já existiu. Para onde se olha há um pouco desse testemunho e, para alguns ainda, isso causa um forte aperto no coração. O maior e mais assustador exemplo disso é que o homem é o nosso mais terrível e amedrontador inimigo, não há segurança ou confiança quando deixamos nossa casa, que hoje é mais um protótipo de uma prisão às avessas. Somos reféns dos nossos semelhantes e tudo tende a piorar.



Procuramos auxilio no governo, igreja, religiões, saídas que estão falidas e também adoentadas. O mundo jaz no maligno afinal. Nada é como antes e nada será, eis que os tempos das vacas magras chegaram e muitos não estão preparados. Não se assuste com essas palavras, somente entenda que o tempo da ilusão já chegou ao fim. Precisamos despertar desse torpor, sair de nosso casulo, tentar voar... 
Enquanto há vida, há esperança... Enquanto houver alguém que creia, haverá milagres... Enquanto houver um povo que clama, haverá resposta. Tudo passa, as montanhas se desintegram e se transformam em pó. O tempo diminui, o amor esfria, mas Ele continua sendo o mesmo. Aquele que tem a solução total e plena para os que ainda acreditam em sua palavra. Não tema, pois o Senhor não mente e cumprirá cada uma de suas promessas... A vida que Ele nos oferta é eterna e Sua paz excede a todo o entendimento. Em seus braços há descanso e alegria.

Autor: Gabriel Fernandes

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