Sinto falta da simplicidade dos
tempos antigos. Da não necessidade intensa que hoje temos de ficar enquadrados
dentro de um perfil tecnológico e ser apenas “um certo alguém” virtual. Havia
um pouco de comunhão, mais sorrisos reais, conversas, abraços...
Hoje, andamos estressados pelas
ruas, como zumbis que vivem em busca de sua perdida humanidade. Apressados pelo
tempo que diminuiu e escravizado pelo que ainda resta... Tornamo-nos máquinas, incumbidas
de inúmeras responsabilidades e esquecemos a maior de todas elas: existir.
Uma humanidade falida, caminhando
rumo a sua destruição a cada dia. Não, não pretendo ser pessimista, mas diga-me
onde encontrar exemplos de evolução nesses dias. A terra em que vivemos adoeceu por nossa causa,
somos o pior vírus destruidor e eficaz que já existiu. Para onde se olha há um
pouco desse testemunho e, para alguns ainda, isso causa um forte aperto no
coração. O maior e mais assustador exemplo disso é que o homem é o nosso mais
terrível e amedrontador inimigo, não há segurança ou confiança quando deixamos
nossa casa, que hoje é mais um protótipo de uma prisão às avessas. Somos reféns
dos nossos semelhantes e tudo tende a piorar.
Procuramos auxilio no governo,
igreja, religiões, saídas que estão falidas e também adoentadas. O mundo jaz no
maligno afinal. Nada é como antes e nada será, eis que os tempos das vacas
magras chegaram e muitos não estão preparados. Não se assuste com essas
palavras, somente entenda que o tempo da ilusão já chegou ao fim. Precisamos
despertar desse torpor, sair de nosso casulo, tentar voar...
Enquanto há vida, há esperança...
Enquanto houver alguém que creia, haverá milagres... Enquanto houver um povo
que clama, haverá resposta. Tudo passa, as montanhas se desintegram e se
transformam em pó. O tempo diminui, o amor esfria, mas Ele continua sendo o
mesmo. Aquele que tem a solução total e plena para os que ainda acreditam
em sua palavra. Não tema, pois o Senhor não mente e cumprirá cada uma de suas promessas... A vida que Ele nos oferta é eterna e Sua paz excede a todo o entendimento. Em
seus braços há descanso e alegria.
Autor: Gabriel Fernandes
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